Ainda que os professores da área de educação tenham uma fórmula quase geral para avaliar alunos, muito se discutir sobre avaliação.
O que é avaliar?
A avaliação, etapa final do planejamento educacional deve ocorrer após todas as etapas anteriores de planejamento ter sido cumprida. A definição de conteúdos e os objetivos a serem atingidos devem ser analisados toda vez que vamos avaliar. Avaliar é verificar se a ação pedagógica atendeu aos objetivos a priori fixados. É pela avaliação que o professor diagnostica o aprendizado do aluno e fica conhecedor da eficiência de seu trabalho. Os instrumentos de avaliação podem e devem variar, no entanto uma boa avaliação deve fornecer dados sobre a capacidade de aprender do aluno e também sobre o conhecimento do professor. Ninguém consegue avaliar o que não conhece isto é fato meramente óbvio.
A maioria dos professores utiliza para avaliar o instrumento Prova. As provas são excelentes para uma avaliação, desde que tenham sido preparadas com muita cautela e lucidez com base nos conteúdos desenvolvidos e nos objetivos a serem atingidos.
Ao preparar uma prova devemos estar convictos de que os conteúdos foram bem desenvolvidos e bem trabalhados. No entanto, a valoração da prova é tão ou talvez mais importante do que sua preparação. É na correção das provas que fixamos valores aos quais podemos estar induzindo erros graves. Alguns professores preparam sua prova na aula anterior à que ia aplicá-la, é difícil alguém fazer às pressas tal tarefa ainda que tenha muita “experiência”. Será que aquele professor pensava nos objetivos a serem atingidos naquele momento? É possível que não.
Antes de o professor colocar as notas nas provas seria interessante que ele observasse o grau de absorção da turma naquela prova. Uma boa maneira de fazer isso é através da utilização da Estatística. Se a classe tem muitas notas baixas, é porque a mensuração da prova foi mal feita, mas se a classe tem muitas notas altas o mesmo fato está acontecendo. É preciso desconfiar nos dois casos.
Alguns cuidados devem ser tomados na preparação, na aplicação e na correção de qualquer prova.
Cuidados ao preparar uma prova:
1) Ter em mente com clareza os objetivos a serem atingidos;
2) Ter em mente o tempo disponível para os alunos desenvolverem as provas;
3) Colocar questões somente referentes aos conteúdos bem trabalhados e previamente agendados com os alunos;
4) A prova deve ser tal que tenha questões de todos os graus de dificuldade;
5) O número de questões deve ser proporcional ao nº de aulas semanais, no caso do Ensino Médio (Ver quadro na sala de professores);
6) Para o Ensino Fundamental II, a prova tem que ter 10 questões;
7) A prova deve ter tipos variados de questões: objetivas, inferenciais, de opinião, cruzadinha, etc. (Adequando à Série do Segmento). Bom senso é importante.
Cuidados na aplicação da prova:
1) Não resolver questões para alunos que têm dúvidas;
2) Não permitir que haja comunicação entre os alunos;
3) Não ficar pressionando os alunos, por exemplo, sobre o tempo;
4) Não fazer chantagem de nenhum tipo ou assustar os alunos.
Cuidados na correção da prova:
1) Corrigir a prova de maneira imparcial;
2) Caso esteja de mau humor, deixe para corrigir a prova outro dia;
3) Dimensionar a prova com base nas questões;
4) Após corrigir todas as provas fazer uma análise estatística;
5) Não escrever por cima da escrita dos alunos;
6) Não fazer comentários insignificantes, que a prejudicar a auto-estima do aluno e, causar transtornos para a Escola;
7) Não nos exagerar “C” de certo ou “E” de errado. Referimos-nos ao tamanho destas letras as quais, alguns professores costumam riscar quase toda avaliação;
8) É interessante usar caneta azul ou verde para as correções;
9) Não deixar que o que você pensa sobre o comportamento do aluno e/ou da turma, venha interferir na avaliação.
Calendário das Avaliações
2º ao 5º Ano CALENDÁRIO DE AVALIAÇÕES 1º. Bimestre de 2012
Período de Recuperação – |
6º ao 9º Ano CALENDÁRIO DE AVALIAÇÕES 1º. Bimestre de 2012 |
DISCIPLINAS | AVALIAÇÃO MENSAL | AVALIAÇÃO BIMESTRAL | | ||||||
6º | 7º | 8º | 9º | 6º | 7º | 8º | 9º | ||
MATEMÁTICA | 17/02 | 18/02 | 19/02 | 20/02 | 31/03 | 01/04 | 02/04 | 03/04 | |
CIÊNCIAS | 03/03 | 04/03 | 05/03 | 06/03 | 07/04 | 08/04 | 08/04 * | 08/04 * | |
HISTÓRIA | 10/03 | 11/03 | 12/03 | 13/03 | 14/04 | 15/04 | 16/04 | 17/04 | |
GEOGRAFIA | 17/03 | 18/03 | 19/03 | 20/03 | 22/04 * | 22/04 | 23/04 | 24/04 | |
LÍNGUA PORTUGUESA | 24/03 | 25/03 | 26/03 | 27/03 | 28/04 | 29/04 | 30/04 | 30/04 * | |
1. DISCIPLINAS QUE TERÃO SUAS AVALIAÇÕES E RECUPERAÇÕES OBRIGATÓRIAS NOS HORÁRIOS DE AULA SÃO: Arte, Ed. Física, Redação e Filosofia. 2. As Fichas Avaliativas Diversas dessas disc. deverão ser entregues até 09/04 e as ROP de 3. As Fichas de Produtividade deverão ser entregues até 04/04 e as ROP serão de * | O SIMULADO será apenas pro 9º ANO e terá 3 questões de cada uma dessas disciplinas: Matemática, Ciências, História, Geografia, L. Portuguesa, Redação, Filosofia e Arte. Data: 27/MARÇO |
1ª. a 3ª. Série do Ensino Médio CALENDÁRIO DE AVALIAÇÕES 1º. Bimestre de 2012 |
DISCIPLINA | AVALIAÇÃO MENSAL ( DISCURSIVAS) | AVALIAÇÃO BIMESTRAL (DISCURSIVAS) | RECUPERAÇÃO OBRIGATÓRIA Serão aplicadas no contra-turno. | ||||
1° e 2° | 3° | 1° e 2° | 3° | ||||
1.MATEMÁTICA 2.FISÍCA | 14/02 | 14/02 | 21/03 | 21/03 | 27/04 | ||
3.QUÍMICA 4.BIOLOGIA | 28/02 | 28/02 | 28/03 | 28/03 | 28/04 | ||
5.HISTÓRIA 6.GEOGRAFIA | 07/03 | 07/03 | 04/04 | 04/04 | 29/04 | ||
7.GRAMÁTICA 8.LITERATURA 9. INGLÊS | 14/03 | 14/03 | 18/04 | 18/04 | 30/04 | ||
SIMULADO | 31/03 | 31/03 | Observações.: 1. DISC. QUE TERÃO SUAS AVALIAÇÕES E ROP NOS HORÁRIOS DE AULA SÃO: Arte, Interpretação e Análise de Textos e Filosofia. As Fichas Avaliativas Diversas dessas disc. deverão ser entregues até 08/04 e as ROP de 2. As Fichas de Produtividade deverão ser entregues até 04/04 e as ROP serão de 3. O simulado será aplicada no contra-turno. | ||||
Muito Importante:
O professor deve observar a data em que sua avaliação será aplicada e planejar-se na certeza de que oito dias antes da data prevista, sua avaliação deve ser entregue através de e-mail ou pendrive à Secretaria Acadêmica, com cópia também á Coordenação do seu segmento. O cumprimento deste prazo é imprescindível para a revisão e preparação do
Secretaria Acadêmica
Responsável:
E-mail:
Telefone:
Coordenação Geral
Profº.
E-mail:
Telefone:
Coordenação Pedagógica 1º ao 7º Ano Ensino Fundamental
Profª.
E-mail:
Telefone:
Coordenação Pedagógica 8º e 9º Ano Ensino Fundamental e Ensino Médio
Profª.
E-mail:
Telefone:
Reflexão: A aula e os pensamentos primários e associativos
A aula e a arte da sedução (I)
- A aula dele (ou dela) é excelente. Mais ainda é uma aula inesquecível, irresistível. As pessoas ficam “presas” a sua fala, como que encantadas por seu discurso. Em verdade sua aula é pura sedução!
Nada mais é preciso dizer, foi feita uma afirmação definitiva, apresentou-se um diagnóstico da aula e que nenhum outro comentário é necessário trazer.
O substantivo feminino “sedução” provém do verbo “seduzir”, que, embora tenha um sentido ambíguo e os dicionários afirmem “levar ao erro ou ao mal, enganando com artifícios ou amabilidade”, no caso específico do professor ou da professora e, sobretudo, das aulas que ministra ao que tudo indica, a palavra apresenta somente um aspecto positivo e significa algo como “encantar” ou “fascinar”. Creio que sedução, no caso para aula, não tenha sido empregada no seu pior sentido.
Mas, por que alguns professores seduzem e outros não? O que existe por trás do mecanismo da sedução?
Muito menos que a propriedade específica e inerente, apenas a alguns o mecanismo da sedução usa, de maneira consciente ou inconsciente, de forma explícita ou implícita do que é conhecido como pensamento primário ou pensamento elementar, pois é inerente ao ser humano, ao ouvir alguma coisa, colocar em ação esse pensamento ou, então, o chamado pensamento secundário ou pensamento lógico.
O pensamento primário é sempre um pensamento “associativo” e, em psicologia, toda associação é como que um enlace que se estabelece entre dois conteúdos psíquicos e se manifesta porque sua aparição na consciência dispara a conscientização de outro a ele associado. É sempre um pensamento primitivo, até mesmo grosseiro, que não abriga nem a negação e nem a contradição, não se beneficia da experiência, não é moral ou imoral, não discrimina fantasia de realidade, expressa apenas pela imagem e, em resumo, é o pensamento que usamos com as psicoses e os sonhos e que, segundo Freud, simboliza o desejo de regressão ao pensamento infantil. Ao contrário, o pensamento secundário, que precisa sempre da lógica, expressa mediante a linguagem verbal e passa sempre pela censura de valores que incorporamos e experiências que acumulamos. Afirmar que o pensamento primário é associativo corresponde a dizer que funciona através de associações livres, por contigüidade ou semelhança, mediante o mecanismo de transferência, ao contrário do pensamento secundário que chega ao sentido pela força do raciocínio e da argumentação lógica.
Aqui, então, fica-se com a impressão que se fugiu do tema. Falava-se de professores e de sedução, de aulas expositivas e de encantamento e, repentinamente, fugiu-se pelo caminho da Psicologia e disparou a falar de tipos de pensamento. Existe, afinal de contas, relação entre a sedução e esses tipos de pensamentos?
É mais que evidente que existe e é justamente nesse ponto que se pretende chegar. Para se buscar a razão da sedução presente em algumas aulas específicas de determinados professores, torna-se necessário falar do pequeno Albert e de uma famosa paciente de Joseph Breur. É necessário até buscar na poesia de Casimiro de Abreu o sentido de seus versos: “Simpatia são nuvens de um céu de agosto... É o que me inspira seu rosto... Simpatia é quase amor”.
A aula e a arte da sedução (II)
“Simpatia é quase amor”. Estará certo o poeta? Por que transformamos, às vezes, pessoas desconhecidas em pessoas simpáticas ou em pessoas antipáticas? O que explica a simpatia e qual sua relação com a sedução ou com a aula sedutora?
Quando encontramos no nosso dia-a-dia alguém pela primeira vez, e essa pessoa, independentemente de seus atos ou palavras, parece-nos simpática, o que nos conduz a esse julgamento não é, e não pode ser evidentemente, nosso pensamento secundário ou racional. Ao contrário, a impressão de simpatia é sempre uma associação ou produto do pensamento primário, muitas vezes inconsciente, que associa a um certo rosto que apreciamos uma certa reminiscência calcada lá no fundo de nossa onisciência cerebral.
É evidente que essa simpatia é diferente da outra, estruturada pelo pensamento secundário e que nasce da maneira de ser da pessoa, da forma como nos trata, de seu jeito quase semelhante ao nosso de pensar e de agir. Percebe-se, pois, que tanto um quanto outro pensamento podem explicar a simpatia que temos, mas, enquanto uma é irracional e puramente associativa, a outra obedece a critérios e, dessa forma, é até fácil justificá-la. Experiências múltiplas em psicologia nos apresentam paradigmas clássicos desses pensamentos. É, por exemplo, muito conhecido o experimento realizado em 1920, por Watson e Rayner, com Albert, um garotinho de um ano de idade que adorava brincar com ratos brancos, mas acabou desenvolvendo uma verdadeira fobia deles após ter sido induzido a temê-los mediante o procedimento de associá-los a ruídos atemorizadores. Bastava Albert se aproximar, e os ruídos eram disparados. Após várias repetições, Albert já não mais precisava de ruídos para se apavorar diante dos ratos e, por associação, de todos os animais peludos de que antes gostava. Anna O., paciente de Joseph Breuer e, mais tarde, de Freud, sentia aversão à água e somente não morria de sede por substituí-la por frutas. Em sessões de terapia, Anna foi levada a tirar de seu inconsciente uma aversão infantil a uma preceptora que deixara seu cachorrinho, que Anna também odiava, bebendo água em um copo. O inconsciente guardou o asco, e este, comandado pelo pensamento primário, transformou-se em fobia.
Esses dois, entre centenas de casos, assim como o da simpatia por associação, explicam e expõem a força do pensamento primário que sempre se abriga dentro de nós.
Mas, afinal de contas, isso tem algo a ver com a aula? Fala-nos do mecanismo de sedução a que o título alude?
Claro que sim. Se na mente de um aluno, seja qual for sua idade, desenvolve-se tanto o pensamento primário quanto o secundário, a sedução de uma aula pode surgir pela exploração de um ou de outro pensamento ou, melhor ainda, pela incorporação dos dois. Se um estímulo neutro — a aula a que se necessita assistir — associa-se de uma forma sistemática com outro estímulo que nos encanta, o estímulo neutro se converte em uma resposta fisiológica extremamente positiva. Se a insípida aula de Matemática ou a aborrecida exposição de Ciências — estímulos neutros — puderem ser associadas a casos, histórias ou metáforas que nos lembrem de coisas queridas e agradáveis, o pensamento primário converte a exposição insípida ou aborrecida em uma aula sedutora.
É por esse motivo que os grandes comunicadores, quer em sala de aula, no palco, no púlpito ou diante das câmaras, emolduram seus temas aos nossos pensamentos primários e, por essa via, acordam nosso encantamento e abrem as trilhas de nossa sedução. Podemos até aplaudir com o racionalismo de nossos pensamentos secundários filmes ou documentários que nos ensinaram muito, mas certamente nos lembraremos com saudade dos que, sem igual conteúdo, trouxeram de volta a infância esquecida, a saudade guardada e a paixão recolhida.
A aula sedutora, para muitos, nem sempre se apóia em exposições lógicas e racionais, mas em singelos processos de identificação. Mas se a estes somarmos a logicidade da exposição, o sentido útil e necessário do conteúdo, estaremos somando a fome com a vontade de comer e integrando o pensamento primário ao secundário, ministrando uma aula verdadeiramente inesquecível e transmitindo lições de forma encantadoramente sedutora.
Celso Antunes
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