terça-feira, 19 de julho de 2011

Brincando na água com segurança


Como evitar problemas?

            Água e calor combinam. Num país tropical de imensa orla marítima e abundância de rios, açudes e lagos, as brincadeiras na água são lugar comum. Fora isso, as piscinas já fazem parte da cultura brasileira e são encontradas, de todos os tipos e tamanhos, em condomínios e residências. 
            Mas, a água é também lugar de perigo e saber nadar nem sempre é suficiente para evitar acidentes. No Brasil, o afogamento é a segunda causa de morte entre 1 e 14 anos de idade. Uma convivência cautelosa precisa ser ensinada desde cedo, embora a vigilância atenta de adultos seja indispensável até os dez / onze anos de idade, quando o perigo maior está na ousadia e nas brincadeiras com os colegas.

Diferentes idades, diferentes cuidados

            Casos de afogamento são freqüentes em praias, piscinas, rios e acontecem em todas as idades, mas, para as crianças pequenas, a casa ainda é o grande perigo.
            Boa parte dos afogamentos acontecem por distrações de apenas 10 segundos! Este é um acidente rápido e silencioso e um pequeno afastamento do adulto, para atender o telefone ou pegar um xampu durante o banho do bebê, pode ser o suficiente para a criança, num movimento, escorregar e se afogar.
            Um outro cuidado é nunca encher a banheira até a borda. Mesmo os mais crescidinhos de dois/ três e quatro anos, com mais mobilidade, podem ser vítimas da curiosidade, da arte e da brincadeira, por isso nunca devem ser deixados sozinhos no banho, principalmente brincando na banheira. 
            Manter em casa, piscinas, poços e fossas cobertos de forma adequada e segura, com acesso dificultado por barreiras físicas, é obrigatório para quem tem criança ou recebe,  eventualmente, alguma em casa. Mas não pense que todo esse cuidado dispensa a vigilância permanente.
            Crianças pequenas em piscinas exigem atenção constante. Apesar do uso de  braçadeiras bem ajustadas – mesmo para as que já sabem nadar – a vigilância não pode ser negligenciada. Aprender a flutuar e a nadar é um passo, mas é muito importante que desde cedo se ensine comportamentos seguros que valerão pelo resto da vida, como não mergulhar muito próximo à borda da piscina, nunca nadar sozinho,  nadar sempre paralelamente à margem, não mergulhar de cabeça sem saber qual a profundidade da água ou se há rochas e desníveis no fundo e evitar brincadeiras de mau gosto (“empurrar ou ser empurrado pelos amigos” "caldos", "trotes", "saltos"). 
            As aulas de natação melhoram a competência da criança na água, embora não se deva confiar na sua capacidade para se salvar antes dos seis ou sete anos. Lembre-se que é mais eficaz ensinar com paciência do que proibir a criança de fazer alguma coisa. A proibição funciona como algo atraente, uma espécie de desafio que precisa ser testado e, tão logo a criança tenha oportunidade ou um companheiro para provocar, ela o fará.
            Mas há ainda uma contribuição valiosa que os pais devem dar: o exemplo. Prudência se aprende não com longos discursos mas com as atitudes cautelosas do dia-a-dia, o que não significa ser medroso. É preciso respeitar a sinalização de placas alertando para o perigo. Na praia, por exemplo, elas indicam onde o banho é perigoso e os banhistas devem ficar afastados. Obedeça e mostre às crianças a importância de fazê-lo. Antes de deixar seu filho mergulhar, verifique se o mar está agitado e estabeleça limites. De preferência, fique por perto, a menos que ele se mantenha na parte rasa e que as ondas não estejam estourando ali.
            Se andar de barco, lancha ou jet-ski use sempre salva-vidas, mesmo em águas calmas. Não abuse, se aventurando perigosamente, pois você é referência e precisa ensinar a seus filhos que a capacidade física e a habilidade humana ficam restritas diante das surpresas da natureza que, muitas vezes, muda, sem aviso prévio. 

Fonte: Escola 24h

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