Muitos pais se perguntam se há uma idade certa para que o filho ingresse em escolas de educação infantil (creche e pré-escola). A psicóloga Mariana Tichauer, da clínica de Diagnóstico e Atendimento Clínico (Edac), afirma que esta idade específica não existe, pois depende muito da necessidade dos pais. Esta posição é reforçada pela psicóloga Laura Pithan Prochnow.
A pedagoga Eliana Weirich vai além. Segundo ela, é preciso considerar a necessidade dos pais e avaliar a necessidade de estimulação e sociabilização da criança, bem como a escolha criteriosa do local, com profissionais especializados, infra-estrutura e proposta pedagógica atendendo à legislação. Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), as creches recebem crianças de até 3 anos. Já a pré-escola, dos 4 aos 6 anos.
De acordo com Laura, uma entrada precoce na escola pode ser muito benéfica para o desenvolvimento da criança, pois ela é estimulada no ambiente escolar. Segundo Mariana, a escola de educação infantil têm dois papéis: ajudar a desenvolver a sociabilização e fornecer pré-requisitos para aprendizagem. "Existem escolas que conseguem suprir a necessidade dos pais. Há casos de bebezinhos que se desenvolveram muito bem nas creches", disse Mariana.
Algumas crianças têm o costume de dormir à tarde, e os pais ficam indecisos se levam os pequenos para as escolas de educação infantil (e cortam este hábito) ou as deixam em casa. Mariana defende que as crianças se adaptam facilmente a uma nova rotina. "Nada impede que os pais ponham os filhos nas escolinhas. Caso as crianças não se adaptem, eles têm a opção de voltar à rotina anterior". Também, já é bastante comum as escolas terem um horário para as crianças dormirem.
De acordo com a pedagoga Eliana, a adaptação na escola de educação infantil não é apenas da criança, mas também dos pais e familiares - no caso de avós envolvidos. "Cada adaptação precisa seguir um planejamento. Iniciado com a conversa dos pais com a educadora, onde falarão sobre a criança (passando dicas, características, etc). Na ocasião, a educadora combinará quem será a pessoa que fará a adaptação e o cronograma de horários (aumentando gradativamente a permanência da criança da escola)".
A presença do responsável com a criança no ambiente escolar deve, segundo a pedagoga, respeitar a necessidade desta criança. "Existem casos em que o responsável precisa permanecer ao lado da criança e, aos poucos, vai conquistando o distanciamento. Estamos neste período construindo o vínculo afetivo e a segurança da criança com a educadora", disse Eliana.
"A segurança dos pais neste momento é muito importante, porque irá refletir no seu filho. Não existe nenhum problema no caso da criança chorar, porque é a maneira dela manifestar seus sentimentos. A diferença será de como é conduzida esta situação pela educadora e responsável na adaptação, procurando acalmar este choro. É muito importante haver carinho, explicar para a criança o que está acontecendo e conquistá-la com as inúmeras novidades que irá participar", completou a pedagoga.
Fonte:
Portal Aprendiz
http://aprendiz.uol.com.br/content.view.action
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