domingo, 24 de julho de 2011

O que acontece quando não se dá limites...

2ª Etapa – Dificuldade crescente de aceitação de limites.

  Sem orientação e sendo atendido sempre que grita, bate, quebra coisas, esperneia ou xinga, a criança vai adotando essa mecânica como forma de comunicação e controle do mundo e das pessoas.
Quando começa a ir à escola, por exemplo, tende a não aceitar restrições às suas ações.
   Se uma criança joga o prato de comida longe, porque não quer mais comer o mingau, e a mamãe, com carinho, mas com firmeza, adota um ar desaprovador e fala calmamente "isso não está certo, quando você não quiser mais, não coma, mas não jogue no chão", ela entenderá que esta é uma ação que a mamãe não aprova (mais tarde, compreenderá que a sociedade também não). Se, a cada vez que ela tiver atitudes desse tipo, a mamãe agir da mesma forma, aos poucos a tendência é que ela vá deixando de lado essa atitude, assumindo outro que lhe dê um retorno afetivo positivo. Nenhuma criança gosta de receber um olhar aborrecido ou desaprovador, se pode receber sorrisos e aprovação.
   Então, não é fácil? É só aprovar tudo que seu filho fizer de bom - sem nunca esquecer realmente de aplaudir o bom, o positivo. E de reprovar (reprovar não é agredir, bater ou humilhar) e não estimular negativas, destrutivas ou agressivas. Mas lembre-se, esse processo é muito, muito longo... não espere resolver tudo em duas semanas - nem um ano!
   Educar envolve um novo desafio a cada dia. Cada situação tende a se repetir muitas e muitas vezes, transmudade em outras formas, porém com a mesma essência. Muitos pais, hoje, são tão imediátistas quanto seus filhos. E, em educação, não dá para ser assim. Á que se repetir com calma, centenas e milhares de vezes a mesma coisa, para funcionar...
   O ser humano, por natureza, tem o desejo de sentir-se amado, aprovado, elogiado. Portanto, temos de aproveitar esse aspecto em prol da boa formação de nossas crianças. Quando o elogio vem da mamãe ou do papai então... aí mesmo é que elas dão o maior valor.
   A regra, portanto, é simples - premiar e recompensar as atitudes positivas é ignorar ou reprovar as negativas. Isso se não quisermos, para começo de conversa, ver nossos filhos quebrando enfeites e brinquedos, agredindo os amiguinhos e, à medida que crescem, violando regras sociais ou insultando parentes, professores e autoridades em geral.

Adriana Vaz de Lima
psicopedagoga

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