sábado, 18 de junho de 2011

Você sabia?!

O primeiro encontro
Conta Caminha que dois índios foram levados à presença de Cabral e, dentro do navio, não demonstravam espanto, nem mesmo quando viram um carneiro. Ficaram, porém muito assustados diante de uma galinha. Depois, sem nenhum medo dos portugueses, deitaram no chão e, como se estivessem em sua própria aldeia, dormiram tranqüilamente.

Capitão-de-mar-e-guerra
No tempo da navegação a vela havia uma embarcação que era a nau de guerra, comandada pelo capitão da nau de guerra. Com o tempo, modificou-se a expressão e, em lugar de capitão de nau de guerra diz-se: capitão-de-mar-e-guerra.

Cabral não era almirante
Não se deve dizer o almirante Pedro Álvares Cabral. Ele era capitão-mor da esquadra. Naquele tempo almirante não era posto da marinha; era título de nobreza. Quem recebeu, dado pelo rei, o título de almirante, foi Vasco da Gama.

Colômbia ou América ?
O nome Colômbia, dado a um país americano, deveria ser o do continente, em homenagem a seu descobridor, Colombo. Quanto ao nome América deve-se ao florentino Américo Vespúcio.

Últimas palavras de Colombo
Ao morrer, disse Colombo: "Em tuas mãos, Senhor, entrego a minha alma".

Puxa-puxa, marmelada e pão-de-ló
Nem os índios, nem os africanos conheciam o doce. De origem portuguesa, três variedades ficaram populares no Brasil: a puxa-puxa, que os árabes inventaram e levaram para Portugal; a marmelada, tão apreciada pelos bandeirantes; e o pão-de-ló, que se oferecia ao condenado à morte, como última refeição, acompanhado de vinho. Era por isso também chamado bolo-do-enforcado.

O gosto da carne humana
Quando um escritor francês perguntou a um chefe indígena da ilha de Taiti, na Oceania, qual o gosto da carne humana, obteve essa curiosa resposta.
- O homem branco, bem assado, tem o gosto de banana madura.

Banana
A fruta e o nome banana são de origem africana. Há porém, uma variedade indígena; a banana-da-terra ou "pacova" que se come cozida ou assada.

O pirão do negro
Nos engenhos do Nordeste, o negro misturava a farinha de mandioca com água quente. É o pirão, chamado massapê, comido com pimenta malagueta:
"Se for pirão de água pura
Não me chame para comer;
Que eu morro e não me acostumo
Com esse tal de massapê;
Eu não sou negro d'Angola
Que engole tudo que vê!"

Os ricos de Olinda
Os senhores de engenho tinha residência em Olinda e viviam m em grande luxo: possuíam cavalos de raça, vestiam roupas de veludo e de seda, serviam-se nos banquetes de talheres de prata e bebiam vinho comprado na Europa. Nos dias de festa havia até corrida de touros. Os mais ricos davam-se o luxo de possuir nas portas de suas casas fechaduras de ouro. Dizia-se que havia mais vaidade em Pernambuco do que em Lisboa.


Eu sou um homem só
Mem de Sá morreu na Bahia, em 1572, com 77 anos de idade, depois de 15 anos de governo. Várias vezes escrevera ao rei, pedindo substituto. Estava com saudades da pátria. O velho governador vivia triste; um filho havia morrido em combate na África, outro, Fernão de Sá, no Espírito Santo, em luta com os indígenas; também vítima dos índios, morreu no Rio de Janeiro Estácio de Sá. Em Portugal faleceram a filha e a esposa. Por tudo isso, ele escrevia amargurado ao rei D. Sebastião: - Eu sou um homem só...

Os curiosos nomes de algumas cidades
Ouro Preto já se chamou Vila Rica de Albuquerque, Mariana, também em Minas, foi fundada com o nome de Vila do Ribeirão de Nossa Senhora do Monte do Carmo. Mais comprido ainda é o antigo nome de Oeiras, no Piauí: Nossa Senhora da Vitória do Brejo da Mocha do Sertão do Piauí.

O cabeça-sêca
Nas cidades antigas, às nove horas da noite, o sino de uma igreja avisava os transeuntes de que deviam recolher às suas casas;
      "Nove horas! Nove horas!
       Quem é de dentro, dentro.
       Quem é de fora, fora!”
Escravo encontrado na rua, depois das nove horas, sem a autorização do senhor, chamava-se cabeça-seca e era castigado pelos policiais:
      "Cabeça seca,
       Deu nove horas!
       Lá vem o guarda
       Com a palmatória"

O sapoti e o chicle
O chicle ou goma de mascar, importante industria norte-americana, é feita com a goma do sapoti, fruta originária da América Central, mas abundante no Brasil.

Matar o bicho
A expressão matar o bicho é muito antiga e ainda hoje usada pelas pessoas que têm o hábito de beber cachaça, nome popular da aguardente de cana. Havia a crença de que a cachaça tinha a virtude de matar os vermes e, por isso, era muitas vezes bebida em jejum. Nas festas do engenho cantavam:

        "A cachaça é moça branca,
          filha de pardo trigueiro.
          Quem bebe muita cachaça
          Não pode juntar dinheiro"

O mameluco fidalgo
Jerônimo de Albuquerque foi no Brasil o primeiro descendente de índio que teve um título de nobreza dado pelo rei: o de Cavaleiro Fidalgo da Casa Real.

A vaidade de um rei
Com o ouro brasileiro, o rei D. João V mandou construir o convento de Mafra, um edifício gigantesco, com 880 salas. Numa das cozinhas do convento há dois caldeirões tão grandes que se pode cozinhar, em cada um, um boi inteiro! As torres de Mafra têm 114 sinos!

O guerreiro branco
No Brasil, Martim Soares Moreno serviu durante 45 cinco anos. Quando viajava para a Espanha, foi atacado por corsários, perdeu quase todos os companheiros e acabou preso, com 23 ferimentos e a mão mutilada. Levado para a França, foi condenado à morte, mas teve a vida salva graças à intervenção do embaixador espanhol. Ainda voltou ao Brasil para governar o Ceará. Martim Soares Moreno é o Guerreiro Branco, personagem do romance Iracema de José de Alencar.

Araribóia e o governador
Quando o governador Antônio Salema chegou ao Rio de Janeiro, o índio Araribóia foi ao palácio e, à maneira indígena, sentou-se, cruzando as pernas. O governador mandou censurá-lo, pois ninguém deve ficar sentado diante do representante do rei. O velho índio respondeu com altivez:
- Diga ao governador que, se ele soubesse quanto as minhas pernas estão cansadas pelas guerras que tenho feito para o rei, não estranharia que eu lhes desse este pequeno descanso. Mas já que julga que eu não sei comportar-me em sua presença, vou para minha aldeia e aqui não volto mais.

Terremoto
Em 1755, no Dia de Todos os Santos, 1o de novembro, a terra tremeu em Lisboa, durante seis minutos. Foi o suficiente para que 40 mil pessoas morressem e dois terços da cidade ficassem destruídos. O rei, desesperado, com as mãos na cabeça, perguntou ao seu ministro, Marquês de Pombal:
- E agora, que fazer?
Respondeu o ministro, tranqüilamente:
- Sepultar os mortos e cuidar dos vivos.
E a cidade foi reconstruída.

Sorvete no tempo de D. João
Em 1820, em Porto Alegre, um viajante francês, Saint Hilaire, provou o sorvete feito de geada. Como não havia naquele tempo, conservadora, o sorvete tinha que ser tomado durante o frio, o que não era muito agradável.

Ponha-se na rua
O Rio de Janeiro em 1808 tinha apenas 50 mil habitantes. Como alojar as 15 mil pessoas que vinham com o príncipe D. João? Foi, por isso, criada uma lei permitindo ao fidalgo residir na casa que escolhesse; o proprietário teria que ceder a sua residência e transferir-se com a família para os subúrbios. À porta da casa eram escritas as letras P.R. que significava Príncipe Regente; o povo, porém, as traduzia por Ponha-se na Rua!

A profecia de Cotegipe
O Barão de Cotegipe também achava que a abolição ia apresar a República.
Por isso, quando D. Isabel assinou a Lei Áurea, ele disse:
- Vossa Alteza libertou uma raça, mas perdeu o trono!
No ano seguinte a República era proclamada.

Fonte: 
Compêndio de História do Brasil 
Antonio José Borges de Hermida 


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