sábado, 5 de novembro de 2011

Castigar é disciplina?



O castigo, às vezes, é um mal necessário. Se sentimentos e reações não são suficientes para provocar um comportamento aceitável ou suprimir um inaceitável, poderá tornar-se necessário administrar um castigo. Não confundir, porém, isso com disciplina. A disciplina representa regras, regulamentos e controles que limitam o comportamento aceitável.

Como castigar corretamente

O castigo é o preço que a criança paga por desobedecer às regras. O castigo e a disciplina não são permutáveis. ameaçar com um castigo, esteja preparada para cumpri-lo. Há pais que estão sempre ameaçando a criança com castigo, só para intimidá-las. O que não é aconselhável, pois além de perderem a autoridade, minam as regras e os regulamentos que o castigo deveria sustentar. Não se deve fazer nenhuma ameaça que não se esteja inteiramente disposto a cumprir. Às vezes, é melhor ignorar o mau procedimento da criança do que a ameaçar com um castigo que não se aplica. Se pretende-se ser um bom educador ou educadora, convém que se aplique um castigo justo.

A criança precisa experimentar satisfações em seus relacionamentos, além de sentir as restrições que suas expectativas lhe impõem. Se faltar o senso de restrição ou o de satisfação, surgirá um problema. Um educador dominador, que dedica pouca ou nenhuma satisfação aos filhos, expulsa a criança de casa. Por outro lado, mostraram que as crianças criadas numa família sem uma pessoa de grande autoridade, quando adolescentes têm tendência para a delinqüência. Um progenitor ausente ou que seja fraco em estabelecer padrões ou inconstante pode inadvertidamente forçar o filho a buscar seus padrões de comportamento em outra parte – muitas vezes, nos amigos. Esses também podem estar com problemas semelhantes, tornando-os distantes dos valores e padrões do mundo adulto. Esse afastamento pode levar os jovens a serem autodestruidores, devido à pouca sabedoria conseguida em experiências passadas. De certo modo, estão realizando um ritual de comportamento que dá a todos a sensação de que pertencem a alguma coisa e que cada qual se interessa pelo outro - sensação que nenhum deles tinha em sua família. Toda criança gosta de que a tratem como um indivíduo distinto, que sabe o que quer, e reconhece suas diferenças. A criança quer que a ajudem a explorar seus próprios recursos, que conheçam seus feitos e orgulhem-se de suas realizações.

O apoio dos adultos dar-lhe-á o impulso necessário para continuar a empreender cada vez mais atividades independentes.

Walkíria Gattermayr Ribeiro

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