quarta-feira, 18 de julho de 2012




MATERIAL DE APOIO

Problematización acerca del Costo Social del Progreso > Word | PDF

El Telescopio de Galileo - Wolovelsky > PDF

LIBRILLO DE LA RED Problemas bioeticos - Elementos para su discusión > PDF

Revista Nautilus Feb 2010 - Wolovelsky > PDF

Revista Nautilus Set 2008 - Woloveslky > PDF

Textos para la Reflexión - El Costo Social > Word | PDF

Wolovelsky - EN NOMBRE DE LA CIENCIA > Word | PDF

Imagem > Escola e Tecnologia > Word | PDF

Lâminas > La era cibernetica > PowerPoint | PDF

Laminas > Progresso e tragédia no Congo > PowerPoint | PDF

Texto de Cristovam Buarque > De Russell a Hessel > Word | PDF

Texto de Cristovam Buarque > O Progresso e o PIB > Word | PDF

Texto e entrevista > M. Nicolelis > Word | PDF

Texto e fotos > Tecnologia Ciborgue: Mais Que Humano > Word | PDF

Texto > Medindo as Riquezas do Ser Humano > Word | PDF

Material de Apoio 2011 > PDF

VÍDEOS


'Nós hipotecamos o futuro',
critica sociólogo polonês Zygmunt Bauman


David Harvey fala sobre a crise do capitalismo



"O VERDADEIRO SENTIDO DAS COISAS".
Documentário de vital importância para o Planeta



A Era Da Estupidez
Completo



Comprar, jogar fora, comprar:
A história da obsolescência planejada (2011)



A SERVIDÃO MODERNA
(2009) - video completo





'Nós hipotecamos o futuro',
critica sociólogo polonês Zygmunt Bauman


David Harvey fala sobre a crise do capitalismo



"O VERDADEIRO SENTIDO DAS COISAS".
Documentário de vital importância para o Planeta



A Era Da Estupidez
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A história da obsolescência planejada (2011)



A SERVIDÃO MODERNA
(2009) - video completo



Fonte:

Jogo da Nova Ortografia

Conheça e explore os Blogs Educacionais do Colégio Ressureição

• Blog Educacional Ressurreição - Biblioteca
  http://biblioressurp.wordpress.com/



• Blog Educacional Ressurreição - Ciências
  http://cienciasressurp.wordpress.com/



• Blog Educacional Ressurreição - Educação Artística
  http://artesressurp.wordpress.com/



• Blog Educacional Ressurreição - Educação Física
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• Blog Educacional Ressurreição - Espanhol
  http://espanholressurp.wordpress.com/



• Blog Educacional Ressurreição - Filosofia
  http://filoressurp.wordpress.com/



• Blog Educacional Ressurreição - Física
  http://fisicaressurp.wordpress.com/


• Blog Educacional Ressurreição - Ciências
  http://cienciasressurp.wordpress.com/


• Blog Educacional Ressurreição - Ciências
  http://cienciasressurp.wordpress.com/

Jogos online para educação Infantil e anos inciais

    Conheça o site Poisson Rouge. As atividades são desenvlvidas para que as crianças explorem de forma intuitiva, sem necessidade de explicações ou tutoriais. Apenas deixe que os pequenos explorem livremente o site e divirta-se junto com eles.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Um Enigma e uma Hipótese

O que, exatamente, caracteriza uma família estruturada?

   Há anos que ouço de professores da rede pública queixas contra uma "entidade" supostamente responsável por algumas das maiores dificuldades que enfrentam em seu cotidiano. Não me refiro aos salários aviltantes ou a qualquer dos inúmeros problemas de infraestrutura de que padecem as escolas. Nem às mazelas da formação profissional ou à alegada "obsolescência" das práticas pedagógicas. Trata-se de fenômeno exterior ao campo educacional e que tende a deixar professores de mãos atadas por ultrapassar completamente suas condições de intervenção: é a "família desestruturada" de onde provém um número significativo de alunos. 
   Desde que ouvi a expressão como forma de explicação da realidade, seu possível sentido me intrigou. O que seria, então, uma família "estruturada"? Um "casal feliz" formado pelo pai provedor e pela mãe educadora, nos moldes em que figuram nas campanhas publicitárias de margarina? Ocorre que essas famílias "exemplares" da mídia eletrônica não se parecem com família alguma que conheço. Não correspondem à própria experiência familiar dos professores, que é tão variada, conflituosa e plural como a de qualquer outro segmento da população que frequenta a escola. Pensei em minha história familiar, em seus dramas afetivos, traumas e até ocorrências policiais. Teria sido minha família desestruturada? Lembrei a variedade histórica e social de "arranjos familiares"; as diferentes maneiras de estabelecer quem cuida de quem e como. Haveria uma "família estruturada" a lhes faltar? 
   Ao mesmo tempo, se a fala é recorrente, deve corresponder a algum tipo de experiência; embora a expressão não necessariamente descreva um estado claramente identificável, como quando afirmo que João é cego. O que falta a uma família para que ela se converta em "desestruturada"? 
   Dia desses, contudo, um diálogo que ouvi entre professoras de uma escola pública sugeriu-me uma hipótese. Uma delas fez um relato dramático acerca de Guilherme, aluno que tiveram em comum. Sua guarda havia recentemente sido passada para o pai, mas persistia sua imensa dificuldade em tarefas básicas que são pré-condições para o trabalho pedagógico. Ele não trazia sua mochila. Quando a trazia, não a tirava das costas, perdia os cadernos, livros e lápis que lhe eram dados, não sabia sequer sentar numa carteira e manter-se quieto por um minuto. 
   Lembrei, então, que conhecera vários Guilherme cuja guarda havia sido objeto de disputas, cujos pais eram consumidores de drogas ilícitas, que tiveram experiências familiares difíceis e até traumáticas, mas para os quais a expressão "família desestruturada" não era aplicada. Seus pais tinham familiaridade com a "cultura letrada", com os procedimentos e valores escolares. Por isso eram "preparados" previamente para as aulas: cadernos colocados na mochila, lembretes e alertas diários para não esquecer o lápis, material para a aula de educação física. 
   A despeito de qualquer dificuldade afetiva familiar, os 'Guilherme-de-famílias-letradas' compareciam à escola já munidos de um repertório mínimo de práticas que se toma como pré-requisito à ação docente: um tipo de disciplina, uma forma de zelo e familiaridade com os instrumentos escolares materiais e simbólicos que "estruturam" e "preparam" o trabalho do professor. O adjetivo  "desestruturada" talvez descreva menos os tipos de vínculos e práticas internas à família do que sua capacidade em formar essas disposições básicas e prévias a um ensino tipicamente escolar, como a alfabetização. Se assim o for, tanto melhor; recupera, pelo menos em tese, a possibilidade de um trabalho pedagógico, mesmo que este tenha de retroceder ao que julgamos básico e anterior. Como dizia a outra professora: "Comigo ele trabalhava. Mas também era tudo dito e explicado. Agora pega a mochila, põe na carteira. Abra o estojo assim. Quem tem um lápis para o Guilherme? Já te falei que tem de trazer..."
José Sérgio Fonseca de Carvalho

Doutor em filosofia da educação pela Feusp jsfc@editorasegmento.com.br"> jsfc@editorasegmento.com.br

Ser filho hoje....

Maria Irene Maluf 
  Se nos detivermos no estudo da história das sociedades veremos que a forma das famílias lidarem com suas crianças ao longo dos séculos, ainda tem algo de muito similar com o que fazemos hoje. Em parte deve-se à fragilidade dos bebês da espécie humana nos seus primeiros anos e também à necessidade da criança ser preparada para a vida em sociedade. Assim, os aspectos como alimentação adequada, cuidados com sua higiene e saúde, a prevenção de acidentes, a socialização, encabeçam uma lista que seria feita tanto há centenas de anos como atualmente, pela família contemporânea.

  Assim, também existem diferenças gritantes e não só por conta da passagem do tempo, mas das mudanças dos costumes, da tradição de cada povo, da origem da cultura  e essas discrepâncias não se prendem apenas  à infância, mas ao período que se segue, o qual nós denominamos de adolescência, uma época em que se conflitam as características adultas com as infantis.

 Falarmos e compreendermos totalmente hoje sobre como tem sido a educação de crianças e sobre a infância na história é  tarefa complexa mesmo para os mais renomados historiadores, porque os documentos existentes foram sempre feitos pelos adultos. Mesmo no presente é difícil sabermos diretamente das crianças como vivenciam, como percebem sua vida e a si mesmos. Os relatos que os jovens e adultos traçam de suas próprias infâncias assim como da de seus parentes, sempre sofrem a interferência da memória, da visão pessoal, do que contaram outras pessoas e do tempo. Falta a observação direta do passado e mesmo na maioria das vezes isso ocorre também  no presente, dada a dificuldade de se observar todos os  aspectos que circunscrevem a vida da criança. Além do mais, há que se lembrar que o conceito de infância foi se alterando ao longo da história e a própria lembrança dos fatos vai se modificando ou se perdendo ao longo dos diferentes apontamentos.

  Como terá sido ser filho ao longo dos tempos? Terá sido muito diferente do que é hoje? Procurei conversar com pessoas de idades diversas e especialmente com pré-adolescentes para buscar uma resposta e fiquei surpresa com o que ouvi e li.  Constatei que para algumas coisas o tempo não trouxe alterações, ao menos nas últimas seis décadas e entre elas se destacou a necessidade que todos temos da atenção de nossas mães e de nossos pais. Parece que todo o tempo crianças, adolescentes e até adultos, estão na busca daquele olhar, no aguardo daquele colo, na vontade de escutar aquela voz tão familiar e confortadora de nossa mãe, principalmente.

  E aí veio a surpresa: em muitos relatos de adolescentes principalmente, encontrei frases que falam literalmente de como é difícil ser filho hoje, na era da informação, da tecnologia e da internet, pois estas, ao mesmo tempo que permitem que se converse com quem está distante a qualquer instante, também acabam ocupando os pais quando chegam na sua residência! E citam ocasiões em que estando a família toda em casa, trocam e-mails entre si para contar o dia e até as travessuras como as notas baixas, o estouro do cartão de crédito, o fim do namorico....
  Dá o que pensar, pois é inédito na história. Será mesmo por aí que devemos ir ou melhor seria,  por exemplo, voltarmos  a marcar o sagrado horário de jantar em família no qual podem sair atritos, mas todos recebem a atenção e o tempo do outro, off line?
Esse pode ser um bom assunto para nossa reflexão agora, antes do Dia das Mães. Até porque, nenhuma de nós, mães de filhos de todas as idades, vamos ficar felizes em receber apenas um e-mail, não é mesmo?

  A par disso, uma figura continua praticamente insubstituível: a mãe. Como esse papel terá mudado com o passar do tempo frente às sociedades em evolução?

Perder e Vencer - Um Aprendizado para Além da Escola

Maria Irene Maluf

    “PIOR DO QUE NÃO GANHAR É PERDER A OPORTUNIDADE DE APRENDER.”  (ANÔNIMO)


É sem duvida uma tarefa difícil, mas indispensável, de responsabilidade da família e da escola, ensinar às crianças que, embora sejam inteligentes e espertas, elas podem e vão necessariamente errar em muitas situações, tanto na escola como na vida. E que cabe aos pais em primeiro lugar e depois à escola, ensiná-las a conviver com normas e a adquirir responsabilidade sobre seus atos. Isso inclui lidar de forma equilibrada e resiliente com as perdas que as experiências do dia a dia impõem a todos nós.

É natural que crianças e jovens cometam muitos equívocos ao lidar com os limites impostos, mas cabe aos seus familiares estarem atentos para intermediar essa aprendizagem, os orientando a enfrentar e responder pelas consequências de seus atos.

Assim como errar não é necessariamente sinônimo de fracassar, mas sim de aprender, refazer e superar, as perdas fazem parte do amadurecimento saudável e constituem um processo que não cessa e quanto mais preparada a criança chegar à adolescência, melhor conseguirá enfrentar os desafios dessa fase.

Por esse motivo é primordial ensiná-las desde cedo a suplantar e conviver com perdas, a se conformar com o inevitável ou o irremediável e ao mesmo tempo motivá-las na busca de soluções que permitiam resolver os problemas e minimizar os prejuízos que estes podem causar. E esse processo de aprendizagem deve ter inicio no lar, quando a criança ainda é bem pequena e começa a perceber que existem regras às quais deve obedecer. E o primeiro sinal de alerta é a palavra “não”, dita por seus pais cada vez que ultrapassar o seu limite.

Houve um tempo no passado em que se temia que as crianças ficassem “traumatizadas” por seguidas frustrações que o “não” lhes traria e se tornassem infelizes e marcadas por um sentimento de incapacidade ou de baixa autoestima. Puro engano: muitas dessas crianças, tratadas como se fossem cristal tornaram-se adolescentes de comportamento inadequado, perigoso, sem limites, jovens permanentemente frustrados por mais que os pais se desdobrassem em lhes satisfazer os desejos. E, quando adultos, mostraram (e mostram) as consequências de sua criação, tornando-se pessoas incapazes de se recuperarem depois de uma simples contrariedade e lidando muito mal com a autoridade, com os valores sociais, com o direito do outro e com suas próprias responsabilidades.

Pior ainda é que tais pessoas não aprendem a aquilatar seus erros e ao se verem diante da maternidade/paternidade, não se mostram aptas a reconhecer seu papel, não se dão conta que os filhos dependem deles e quando não “terceirizam” sua educação, simplesmente criam pequenas réplicas de si mesmos: dizem sempre sim, pois é mais fácil do que dar atenção, supervisionar e conduzir suas crianças, porque não aprenderam a doar, mas apenas a receber. Ou dizem não em um momento e sim logo em seguida, depois que os filhos insistem, perdendo a autoridade e ofertando insegurança.

E pensar que apenas o uso de uma palavra, um não bem aplicado, na hora certa e de maneira firme, pode modificar todo esse quadro... ou melhor ainda, um “vou pensar” para não ter como se arrepender de um momento de impulso, ensinando também a criança que deve esperar a resposta de quem é responsável por ela e a quem ela deve reconhecer como autoridade. E após receber uma negativa a um pedido, mesmo não gostando, aceitar por confiar que foi decidido assim por ser o melhor no momento, e dessa forma desenvolvem a resiliência, tornam-se aptas a enfrentar os desafios da vida adulta, ultrapassando o natural egocentrismo infantil, quando acreditam que o mundo os deve satisfazer rápido e sempre.

Entretanto o que vemos frequentemente hoje, talvez devido à estrutura que a família vem assumindo desde as últimas décadas do século XX, é que muitos pais temem perder o amor dos filhos por lhes negar coisas materiais. Dizer “não” tornou-se algo quase impensável e tomar a defesa do filho em situações em que este está em erro, passou a ser natural... o que é inversão de valores e um passaporte para criar um jovem, no mínimo, inadequado.

Ai começa o problema da escola, uma instituição criada para complementar a educação familiar enquanto forma cidadãos dentro da cultura e dos conhecimentos de sua época. O que fazer quando as famílias se colocam ao lado das fileiras dos alunos e não dos adultos, identificando-se com a imaturidade infantil e juvenil ao invés de ponderar sobre a razão que move comportamentos inadequados nos seus filhos?

Como modificar essa situação não é assunto para um espaço tão pequeno e nem temos a pretensão de o fazer, mas fica aqui registrado um alerta para reflexão de cada família e cada escola, sobre o filho/aluno que deixaremos para o mundo.

Maria Irene Maluf é Pedagoga Especialista em Psicopedagogia e Educação Especial, editora da revista Psicopedagogia da ABPp, Coordenadora do Núcleo Sul e Sudeste do Grupo Saber e coordenadora SP do Curso de Especialização em Neuroaprendizagem – Instituto Saber/FACEPD.

Site: www.irenemaluf.com.br - E-mail: irenemaluf@uol.com.br