quarta-feira, 7 de novembro de 2012

ARTIGO: Educação 3.0


'Educação não evoluiu para acompanhar as necessidades do mundo ao seu redor'

07 de novembro de 2012 - 0h 18 - Jim G. Lengel*

                Para entender a educação de hoje, nós precisamos olhar para o passado da história. Há 150 anos, pessoas trabalhavam sobre a terra, ao ar livre, com ferramentas produzidas manualmente e em pequenos grupos. Elas não viajavam muito. O trabalho quase não mudava de geração para geração. Filhas faziam o mesmo trabalho de suas mães e de suas avós e suas mães antes delas. Com as mesmas ferramentas. Elas conversavam enquanto trabalhavam. O mesmo valia para os filhos e pais e avôs. Grupos de trabalho incluíam jovens e velhos. A tecnologia para o trabalho mudava lentamente. Quando as ferramentas quebravam, as pessoas podiam consertá-las. Podemos chamar isso de Ambiente de Trabalho 1.0.
            Agora, vamos olhar para as escolas daquela época. Os estudantes aprendiam na terra, ao ar livre, em pequenos grupos. Eles não viajavam muito. Usavam simples ferramentas produzidas manualmente. O trabalho em grupo incluía jovens e velhos. Pais e avós frequentavam a mesma escola e aprendiam as mesmas coisas. Nós podemos chamar isso de Educação 1.0.
            Educação e trabalho se correspondiam. A escola produzia os tipos de cidadãos necessários para o mundo ao seu redor. Alguém que pudesse trabalhar em um pequeno grupo, com ferramentas manuais, executando uma variedade de tarefas a cada dia, com uma visão clara do mundo exterior, e um pequeno círculo de conexões.
            Quinze anos depois, o trabalho mudou. As pessoas foram trabalhar em fábricas, com ferramentas mecânicas. Elas trabalhavam em grandes grupos, mas sozinhas em suas máquinas. Todos faziam a mesma coisa e ao mesmo tempo, durante todo o dia. Eles não podiam conversar. Usavam papel e lápis e ficavam sentados em suas mesas. Eles não eram felizes e eram supervisionados de perto. Vamos chamar isso de Ambiente de Trabalho 2.0. Esse novo trabalho exigia um novo conjunto de habilidades e um novo tipo de cidadão.
            E então as escolas mudaram para acompanhar as necessidades da nova economia industrial. Estudantes se formavam em grandes grupos, com a mesma idade. Eles ficavam em lugares fechados e trabalhavam de acordo com o relógio. Usavam ferramentas mecânicas, lápis e papel. Todos faziam a mesma coisa e ao mesmo tempo e eram supervisionados de perto. Vamos chamar isso de Educação 2.0.
            Novamente, educação correspondia a trabalho. Em ambos os locais as pessoas trabalhavam sozinhas, mas em grandes grupos. Elas usavam ferramentas mecânicas, faziam a mesma coisa durante todo o dia, e tinham uma pequena conexão com o mundo exterior.
            Agora, vamos olhar para o trabalho de hoje, no ambiente 3.0, muito diferente das fábricas. A maioria das pessoas, atualmente, trabalha em pequenos grupos. Elas resolvem problemas juntas. Usam ferramentas digitais. Elas apresentam novas ideias para o outro. Robôs fazem trabalhos mecânicos. Elas trabalham com problemas que ninguém tinha visto antes. Elas devem recorrer à química, matemática, biologia, história e literatura para solucionar problemas. Elas devem reunir informações de várias fontes, a maior parte na rede de relacionamentos, chegando a muitos formatos diferentes. Elas devem ser multitarefas. Elas conversam umas com as outras. E usam ferramentas digitais para comunicação. Trabalham com um amplo círculo de pessoas, de todo o mundo. Vamos chamar isso de Ambiente de Trabalho 3.0.
            Agora, vamos levar a nossa câmera para dentro das escolas de hoje em dia para ver se a educação mudou para encontrar a nova economia. O que nós vemos? Estudantes em grandes grupos, utilizando papel e lápis como ferramentas. Todos eles fazendo a mesma coisa e ao mesmo tempo. Eles aproveitam as poucas conexões com o mundo exterior. E são supervisionados de perto. Eles fazem as mesmas coisas durante todo o dia. Não conversam entre si. Não são felizes. O que está errado?
            A educação não evoluiu para acompanhar as necessidades do mundo ao seu redor. Os trabalhos de hoje em dia demandam pessoas que possam trabalhar em pequenos grupos para resolverem problemas, utilizando ferramentas digitais, preparados para realizar muitas diferentes tarefas durante o dia, sem supervisão próxima, e com um vasto círculo de conexões. As escolas não estão fazendo isso. Elas não inventaram a Educação 3.0. Ainda estão fazendo a Educação 2.0.
            A questão de hoje para nós é: “Como deve ser a Educação 3.0 para desenvolvermos crianças e cidadãos que necessitamos formar para hoje e para amanhã?”. Qual é o seu sonho de Educação 3.0?

* JIM G. LENGEL É PROFESSOR NO HUNTHER COLLEGE, NA UNIVERSIDADE DE NOVA YORK. GRADUOU-SE EM HARVARD E TRABALHOU EM ORGANIZAÇÕES LIGADAS AO SETOR ACADÊMICO POR 38 ANOS. É AUTOR DO LIVRO 'EDUCAÇÃO 3.0'. MINISTRARÁ PALESTRA DURANTE O 11º CONGRESSO BRASILEIRO DE GESTÃO EDUCACIONAL E 3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE GESTÃO EDUCACIONAL, EVENTO MARCADO PARA OS DIAS 20, 21 E 22 DE MARÇO DE 2013 EM SÃO PAULO.


Fonte: Estadão.com.br/Educação

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa deve ser lançado 5ª-feira


Medidas visam a garantir que todas as crianças estejam alfabetizadas até os 8 anos

05 de novembro de 2012 - 21h 08 - Agência Brasil
O governo federal deve lançar na quinta-feira, 8, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, em cerimônia no Palácio do Planalto. O pacto é um conjunto de medidas na área de educação para garantir que todas as crianças estejam alfabetizadas até os 8 anos de idade.
Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o pacto foi construído em conjunto com todos os secretários estaduais do setor e terá a adesão de cerca de 5,3 mil municípios. As redes municipais e estaduais terão de aderir ao programa para receber recursos e o apoio técnico do Ministério da Educação.
“Temos várias universidades trabalhando nesse projeto, material didático, a formação dos professores alfabetizadores. No Sul do País, as crianças nessa idade (8 anos) que não são alfabetizadas são 5%. No Nordeste, 28 % das crianças não aprendem a ler e escrever na idade certa”, disse Mercadante, após participar de cerimônia no Palácio do Planalto.
A intenção da iniciativa, segundo o ministro, é tornar a alfabetização na idade certa “a prioridade das prioridades”. Conforme Mercadante, “só dominando a leitura, a redação, a interpretação e a matemática é que as crianças poderão se desenvolver no ambiente escolar”.
A portaria que estabelece as regras do pacto foi publicada no Diário Oficial da União do dia 5 de julho. Entre as ações previstas está a criação de uma prova que será aplicada a todos os alunos do 3.º ano do ensino fundamental para medir o nível de alfabetização. A iniciativa visa a suprir a falta de um exame oficial que indique se crianças estão sendo alfabetizadas ou não na idade correta.
Fonte:

EDUCAÇÃO NO SÉCULO 21

PARADIGMAS DO  EDUCADOR

REPRODUÇÃO

A possibilidade de ensinar massas de modo personalizado.


Leia mais em:


A Fundação Lemann e a Meritt Informação Educacional lançaram nesta terça-feira, 6: QEdu


sábado, 3 de novembro de 2012

Grandes Educadores


“Toda leitura é um encontro entre um texto e um leitor”



Cátia Lima

O historiador francês, Roger Chartier, é um dos defensores de que a leitura é muito pessoal e que a interpretação de um texto depende de quem o estar lendo. Para ele, a escola tem o papel de ensinar aos jovens que existem diferentes formas de ler para diferentes necessidades e que, nas salas de aula, a presença de computadores, internet e tablets são indispensáveis para aumentar o gosto pela leitura, além de inserir o aluno no ambiente tecnológico.

Professor da Universidade da Pensilvânia, do Collège de France e diretor de estudos da École des Hautes Études en Sciences Sociales (Ehess), uma das mais importantes faculdades de história do mundo, Chartier é considerado um dos principais pensadores dos hábitos sociais de leitura.”Os livros devem também fazer sonhar, divertir, permitir a reflexão, desenvolver o espírito crítico”, afirmou Chartier em entrevista a Revista Educação.

Chartier também fala que a humanidade nunca leu tanto quanto agora. Segundo ele, os textos estão por todas as partes e cada vez mais atraindo novos leitores, de diferentes idades, que querem aprender escrever o que estão lendo. Nesse sentido, o historiador afirma que a escola deve ensinar todas as formas de cultura escrita e conscientizar os alunos de suas diferenças.
A TARDE Educaçã0

ENTREVISTA




Em entrevista a Ederson Granetto, o professor e pesquisador Celso dos Santos Vasconcellos fala sobre gestão da sala de aula, defendendo a importância da relação entre o aluno e o professor dentro do ambiente escolar. Segundo Vasconcellos, o educador deve organizar suas aulas pensando na melhor maneira de atrair a atenção dos alunos para ampliar a participação deles na sala, levando assim à construção do conhecimento.
A TARDE Educaçã0

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Para quem de hoje até amanhã só pensará no ENEM

Enem

O que pode e o que não pode na prova! 

1. Documento original e com foto: OBRIGATÓRIO
2.Cartão de confirmação: OBRIGATÓRIO
3. Chegar antes das 13h (horário de Brasília): OBRIGATÓRIO
4. Lápis e borracha: PROIBIDO
5. Relógios: PROIBIDO
6. Boné, chapéu e óculos escuros: PROIBIDO
7. Conferir dados da prova: OBRIGATÓRIO
8. Redação com, no mínimo, oito linhas: OBRIGATÓRIO
9. Água e alimentos: PERMITIDO

Fonte: Veja/Educação 31/10/2012